Empresa de telemarketing poderá ter de dar atendimento psicológico a empregado
As empresas de teleatendimento ou telemarketing poderão ser obrigadas a oferecer serviços de atendimento psicológico e ginástica laboral a seus empregados.
É o que determina um projeto que está em análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Pela proposta (PL 1.400/2019), de iniciativa do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), as empresas de teleatendimento ou telemarketing com 50 funcionários ou mais deverão manter, durante todo seu horário de funcionamento, um ou mais profissionais disponíveis para a realização de ginástica laboral para seus trabalhadores. A ginástica laboral deverá ser oferecida para todos os empregados que trabalhem no atendimento de clientes, mas a participação na ginástica não será obrigatória.
Nas empresas com menos de 50 funcionários, deverá ser feito treinamento de ginástica laboral para os funcionários na admissão e a cada três meses. As empresas também deverão incentivar seus funcionários à prática constante da ginástica. O projeto ainda determina que essas empresas deverão oferecer serviço de atendimento psicológico, próprio ou referenciado, sem custo para seus funcionários.
Veneziano informa que a profissão de operadora ou operador de teleatendimento ou telemarketing representa atualmente uma das maiores categorias profissionais do Brasil, com mais de 1 milhão de trabalhadores. O autor ressalta que esses profissionais atuam em um ambiente de estresse significativo, com a necessidade de cumprimento de metas, muitas vezes agressivas, e cobrança constante dos supervisores — o que pode levar ao surgimento de doenças. Daí a importância do atendimento psicológico para esses trabalhadores.
Outro problema associado a essa profissão, destaca o senador, são os postos de trabalho pouco ergonômicos. Veneziano argumenta que a ginástica laboral é reconhecida como estratégia de prevenção e tratamento de doenças ortopédicas relacionadas ao trabalho.
Na opinião do senador, seu projeto pretende atuar nesses dois problemas, propondo que o empregador atue na prevenção, evitando o surgimento de problemas mais sérios, e consequentemente reduzindo o absenteísmo e o sofrimento.
Por Agência Senado